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“por isso gosto tanto de me contar. por isso me dispo. por isso me grito.”

 

 

é um acordar como quem acorda num espasmo, meio estranho comigo mesmo. é o amargo na boca. depois o café quente. depois a azia. de novo o descontentamento com a vida, de novo uma vontade de não estar nem aqui nem ali. de não chegar a lugar algum, é a carência. a saudade. é a mágoa e o rancor (…) uma espécie de avião em queda, avidez de uma esperança insatisfeita. o vazio que grita e ecoa.  a aprovação que não faz sentido. ser doido e santo, e ser doido assim mesmo. desconhecer do tempo e o relógio não fazer milagres, porque (…) nossa festa era tão certa, pés no chão (…) mas eu não pude dizer não, intuíam desde o começo, porque sou pequeno demais para tudo aqui dentro.

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