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flor da idade.

sinto falta da clandestinidade. de início sair sem ser notado. de depois lançar olhares, sorrir e dançar colado, e fugir sem me importar. de tirar a roupa e, sobre o amor, contar mentiras. de me grudar o suor, outras vezes, naturalmente, em corpos errantes, falar baixinho e fingir impunemente que gosto e sou. de, sem carinho, sem dó, sem piedade, converter gemido em canto, (...) de, assim, pro caminho que eu quiser, na gandaia da noite escura da amargura, ser feliz em segredo, se algum houve.

(continua…)