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Quero falar de direito, pôoooorraaa!!!



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“Vou precisar inspirar piedade...”
Meu Deeeuus!!! Velho, quanto tempo faz que eu não escrevo de fato aqui, hein?! (quase sempre começo assim!!! afff!) Tenho só enrolado com umas palavrinhas poucas e, em si, carregadas de significados. Isso mesmo, venho aprendendo que não tenho de ser necessariamente loooooongo com as letras pra escrever o que estou sentindo. Tudo bem, confesso: (O)-MI-(N)-TO. Tem, sim, um quêzinho de preguiça meus textos pregressos. Todavia, neste momento: registrarei o que se esvaecer na cabeça. Outubro, novembro, dezembro, fui sugado de todas as formas, e o cansaço não tardou em provocar efeitos. Escrevi tanto, mas tanto, na faculdade, que o diga para o vestibular, sem falar aquelas bolinhas chatas que tinham de se pintadas. Odeio! Odeio vestibular, embora novamente tenha eu passado (se é pra tirar onda, tiro rápido: agora sou federal, bicho!). A emoção dessa vez foi mais interior que exterior, curti por dentro, nem cheguei a raspar a cabeça totalmente. Mesmo assim, vestibular continua sendo uma palavra duvidosa: até que não se extrapole essa barreira, é nada mais que expectativas, tão duvidoso quanto tempo, como a vida, essa “caixa de surpresas” [de PANDORA, prefiro eu]. Parece que minha mãe acabou de dizer isso. É a boca dela. MUITAS GENTES FALAM ISSO! Eu sei! Do óbvio, quem não sabe? Mas, é ela quem fala, e o mesmo sussurrar indignado a cada surpresa ficará sempre na memória e pronto! Aquela motivação, aquela tal da coragem (ou da força – que seja como você preferir) vinda, geralmente, de meu interior meio indecifrável, incompreendido, pra completar, imaturo até demais estavam longes de mim e daqui. E é bom você, que agora está lendo esse texto meio diarréia cerebral, ter um pouquinho de paciência, se é que isso ainda existe no mundo pós-moderno, pois tô com vontade mesmo de escrever, de desabafar e de ser compreendido por alguém que se prontifique. Ah, bem rapidinho: Solidão, paciência e pós-modernismo, ainda que paradoxais, são palavras que me fascinam e, inconscientemente, despertam em mim o poder ínfimo que possuo, principalmente agora que acabei de escutar dois extremos, "Nunca nesse mundo se está sozinho" [Domingo 23, do Jorge Ben] e “Do you believe in love at first sight? It’s an ilusion, I don’t care” [Get Together, de Madonna]. That’s música, baby: só pra curtir dos nordestinos que se metem a cariocas ou paulistas. Quanta falta de raízes. Doa a quem doer!! Passemos pr’outro parágrafo. Ufa!!! Há uns minutos pensava não passar deste. Assez Causé!
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Ihhh! “Reconhece-te a ti mesmo: a dificuldade da franqueza e a facilidade da linsonja”.
Dias se passaram e, no ínterim, decidi cuidar de um jardim (imaginário). Dá pra acreditar? E virou minha terapia, vezes proveitosa, outras não. Tenho regado amiúde as sementes, as plantas, as flores, os cravos. Dele, os frutos, com todos os sabores, aromas, cores e texturas deliciosos. Azedos, amargos e podres igualmente. E por que não? ... Da minha entrada na faculdade pra cá, com certeza, muito mudou. Inclusive, eu. Adentrei realidades distintas. Apaixonei-me de novo, foi passageiro, foi amor em excesso: O pierrot apaixonado pela colombina num carnaval fora de época. Tinha de não surtir resultado... Aventurei-me no mundo dos porquês. Tornei-me curioso, passei a indagar e até hoje não mais parei. E, quando se começa, (puta que pariu!!) é difícil parar, viu? Como resposta, as mentiras, a indignação, a revolta! Ainda bem! Subitamente, me bateu essa: O homem é todo transformação. Se existe verdade, eu não sei, mas que faz sentido, isso sim. Eu, tu, eles, elas: uma evolução, que pelo menos aqui sucede em provocações e superações, encerrando com um revés, que beira a outro plano. Isso pra mim foi até então uma das minhas grandes descobertas (que venham mais), sobretudo porque costumava dizer que não mudaria nunca, que as pessoas deveriam me aceitar, gostar de mim, que eu tinha essência, tatuagens no corpo que nem o tempo apagaria. Se assim não fosse, que se fudesse tudinho! O mesmo lengalenga de meu orgulho fingido, ensimesmado, típico dos caras metidos a valentes, falsamente crentes na verdade que (aparentemente) não corrói. Ainda falo muito, exagerado até. Grito, altero-me, dou broncas. E me calo. É ainda tudo difícil pra mim, porque o sentido que se dá a vida é sempre diferente daquilo que se fala. Mas, tento. Tentar crer no curso desta jornada que não sou lá nenhuma “coca-cola” ou as várias mentiras que viram verdades estratosféricas não é tão confortante, só que melhor é saber que grande escolha é se calar diante do desconhecido porque só assim avançamos diante do inusitado sentido que tentamos encontrar, mas que vem sendo construído dia após dia sem que a gente dê conta. Aliás, estamos sempre procurando a felicidade, o amor, o carinho... o discurso do perfeccionista aqui apenas se iniciou. Se eu pudesse não o seria, já que para mim nem tudo é suficiente, não me contento com o pouco, estou sempre querendo mais e mais. Isso atrapalha, porque acabo esquecendo do presente, de que ele também é momento e, ainda por cima, único, que não volta de jeito nenhum, como as ruas ladrilhadas de minha infância (“Quando se persegue muitas lebres ao mesmo tempo, não se consegue nenhuma”). A cilada dos espelhos, só os poucos saem bem dessa... Não raro o número de plásticas, neh? Hahahahahehehe! Que coisa mais sem graça! Chega de brincadeiras. Voltando ao e terminando o raciocínio, não me sinto nada conformista por optar em certas horas pelas escolhas certas. Só vou evoluindo, embora ainda carregue sonhos antigos e novos (porque já realizei alguns) na velha mochila surrada pela poeira, mesmo sabendo que o sonho não vai deixar de ser sonho, já que ele próprio não traz a idéia de objetivo a ser alcançado. Mas, vou levando e sendo levado porque, mesmo com adversidades e austeridades, os dias não hão de parecer nunca uma prisão, mesmo que assim uns ensejem.
Pausa pra ir dormir, viu? Sabe que horas são? 2:30 da madrugada. Então, inté amanhã! ZZZzzzz... ZzZzZzZZzz...

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“A gente se sente imbecil quando diz certas coisas, mas também tolice é não dizê-las”
Acordei há algumas horas, e já voltei do mar. Fui dar uma furada nas ondas “pra ver se tiro a urucubaca”. Será que isso faz efeito mesmo? O mar... o mar... existe beleza mais antagônica que esta? É toda a imensidão contra mim. Lindo! Então, dias anteriores, até na morte tenho pensado. Aliás, ela tem me atormentado direitinho. Até falei de uma fumaça aqui. Lembra? Pois é, mente vazia é residência do diabo. Comecei a sentir uns apertos no peito, umas tremedeiras sem fim, parecia que ia morrer. Sou daqueles monomaníacos bipolares, vi-me no próprio Raskólnikov (o “atormentado”, de Crime e Castigo) e saí descontando minha ira em quem estivesse pela frente... E mudemos de assunto porque não tô me sentindo bem. Viver seja como for, mas viver! Pois é, por isso que tô curtindo as férias, minha ocasião pra expulsar a rotina. É verão, festa, amigos, mar, gente bonita, beijo na boca, sexo, curtição... É tudo junto numa pequena dimensão espacial e que se dá nada menos no tempo adequado. Imagine, como o carnaval será, hein?! Mais uma enrolação para atenuar dissabores. Ainda sinto falta de meu grande amigo, Sir Werther. Saudades de nosso papos libertinos e filosóficos. Li uma frase numa dessas publicações mensais e lembrei você. Era sobre Giácomo Casanova. Sabe quem é? Isso não importa. “Vivi como um filósofo, morri como um cristão”. Quanto a segunda hipótese nem a aguardo. De jeito nenhum... Sei disso e eu o estimo por ser quem é e persistir no rumo que escolheu.
Ah, quanto ao “querer falar de direito” não preciso nem argüir intensamente, porque diga-se de passagem “quero uma casa no campo”, onde eu possa jogar xadrez com amigos, brincar com putas imaginárias, depois tomar um cafezinho e semear minhas e alheias sementinhas. Desejo também escutar Los Hermanos, como se eu estivesse olhando uma tela abstrata que me provocasse emoções diferentes a cada sílaba articulada harmonicamente... Sabe por quê? Simplesmente, porque "do sétimo andar”, segundo Rodrigo Amarante não é nenhuma música pra cachorros e muito menos sobre eles.
Abraço! Até Breve!
P.s: O excesso de gerúndios foi intencional, aliás eu tô tentando, sempre tentando, como agora tentei.