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como se fosse pra sempre…

i dont eatpoucas semanas depois, estamos dentro e fora. somos desajeitados ou todo mundo o é. vão querer nos ajudar "tudo ok, parceiro, não estará enfiado na merda por muito tempo". porém lembramos que o ar não é tão fresco quanto parece, pesa e dói, por vezes, que já passamos por tanta coisa e que não há lembrança que nos faça deslembrar o lado ruim da vida ou rememorar, na contramão de tudo, o caminho de volta. talvez, uma pausa nos fizesse bem, talvez, uma noite com os amigos, talvez, um drink ou dois, talvez. então, saímos com nossos amigos, rimos, interagimos, as bebidas estão boas. e, como num susto, perguntamo-nos "quem diabos são vocês?! que diabos estão falando?! que diabos há de tão engraçado nisso?!". daí vem a culpa. a culpa de sermos perdedores, fudidos, inúteis, tão para cima e tão para baixo, tão para esquerda e para a direita, tão ambivalentes, enfim, tão presos, tão extremos, tão mil pedaços, tão revés do reverso, tão coração explodindo de cúmulo e percebemos que nada disto é muito em termos de solução. e não temos nenhuma; ou a temos. sermos todo de novo?! (…) vou cobrir nosso colchão como se fosse um firmamento, para quando a dor bater, para quando a luz bater, para desfazer a dor, para desfazer a luz ou refazê-las tudo de novo… é assim que nos amamos, como se fosse pra sempre, religiosmante, como se o pra sempre existisse, desaguando além…
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crap.


lá do topo da ladeira, enquanto esperava e assistia à cena e os cabelos simpatizavam com o vento, ela me olhava com os olhos de quem devora, de quem tenta decifrar, dilacerar a todo o custo. mordia os lábios com um certo prazer. eu, ora mocinho, ora bandido, por vezes, corpo ou só nada, quando não vestido de velhos trapos, cheirando a vinho barato e estranheza, corria pedindo socorro, quase cachorro. e, no fluxo desenfreado que a vida tomava, trocando os pés pelas mãos, às vistas de ser atropelado, de dizer tudo, sem gritos de escandâlo... tomasse uma medida urgente, será que me mataria ou me amaria de vez?! ♪ “doesn't look a thing like Jesus, doesn't look a thing like Jesus, but more than you'll ever know…” ♪