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sobre a inveja…

“lá em cima do morro tem dois copos de veneno quem beber morre…”

nerso da capitinga.

sim, a frase é do próprio. a interpretação são outros 500.

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que venha 2012, mesmo ainda sofrendo de juventude…

 

eu sofro de juventude. essa coisa maldita, que quando tá quase pronta desmorona e se frita. negar a boca do pai, para eu mesmo descobrir, desesperar-me de medo, perante cada segredo. o meu pai, o diretor, e o doutor juiz, juiz, juiz, me jogaram neste poço. e onde eu ouço, ouço ouço ouço. em doçuras e torturas, em pleno gozo gozo. O urubu que no seu pouso, me prepara e me separa do caroço osso osso osso. e me veste com a peste para a festa do colosso, do colosso, do colosso, ô, ô.” 

– tom zé.

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“até que depois de tudo não reste mais que o charme…” *

 

sabe quando a vida vai chegando dura perto do topo, como tendo tempo, não tendo pressa, assim na marra, no grito, no sufoco, no impulso?! dizem 40 mil anos de linguagem ou mais que isso não serem absolutamente suficientes para explicar de fato o porquê. afinal, qual o topo da vida?! que fito se finge alcançar?! dizem quem olha de cima sente-se pleno, dono de tudo, pois felicidade, felicidade deveras dá aquela sensação de ser maior que si, gigante igual kingkong pendurado ao prédio mais alto e batendo forte no peito, como se nada mais tivesse importância. mas e o medo? e mudar?! mudar tem daquilo que se pede baixinho, mas com vontade, bem ou mal, sem edição original, tem daquela burrice bonita de que é feita a última esperança. mudar tenha lá da recompensa do crescimento, comigo, com Deus, com o sentido-eu da palavra infinito… ou um fardo a ser levado por toda uma vida por não conseguir mudar coisa alguma. não agora, ao menos. pois não é a vida que passa desenfreada, somos nós que não sabemos passar. só me desculpe se te desaponto..

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* Paulo Leminski