Fato (verídico) - Professor da China é demitido por não ter ajudado alunos a fugirem de terremoto.
O que você faria?
[Tese]
O instinto humano obrigaria que nos salvássemos primeiro. Estado de necessidade, meu caro. Art. 24/CP.
[Antítese]
Venhamos e covenhamos que cerca de 95% das pessoas diriam que agiriam de diferente maneira, argumentando: "certamente, eu tentaria salvar alguém, porque lá na frente eu poderia precisar que fizesse o mesmo por mim. Quanto aos 5%, "prefiro não comentarrr", por enquanto.
[Síntese]
As três maiores virtudes (ou loucura) do ser humano: 1) viver esperando a aprovação alheia; 2) adornar-se com as qualidade que não possui; 3) A auto-violência.
P.s: Prometo daqui a uns dias procurar um psiquiatra.
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"O homem idealizado não é um homem é apenas um sonho bom ou um terrível pesadelo..."
1) Tenho uma queda pelas fraquezas do mundo, um amor que às vezes sequer cabe dentro de mim, mas confesso: do ser em sua individualidade, sinto receios.
2) Odeio quando meus amigos me chamam de ingênuo. Pior, um que me conhece há pouco chamou-me cínico. Doeu.
3) Pensamentos estranhos fazem carnaval na minha mente. Sinto-me esquisito. Aliviado: necessidade enorme possuo de confiar nas pessoas, mas não sabe elas que sou um poço de desconfiaça. Até um dia desses, perguntei se tenho realmente amigos? Depois, pensei: Acaso alguma vez fui integralmente amigo deles?!! Será que fui honesto esse tempo todo?! E eles?! Sei lá... Tuuudooo compliiicaaaadooo demais!
4) Tenho medo das ficadas de uma noite só, de transas apenas por prazer em detrimento de conteúdo, de namorar, de me relacionar... Dificil de acreditar, né?! É que só quero um Amor, daqueles que não encontramos nos braços de gente qualquer. O pior: descobri o sentido da frase "para tão longo amor, tão curta a vida" (Camões). Tenho-a repetido quase que mecanicamente.
5) Entretanto, dou selinhos ou beijos em amigas, e não sinto nada além de um fortalecimento da Amizade. Mas, me perguntaram: "E a outra parte?!" E eu sei?! Sei não. É uma pena que as pessoas tenham mais medo dos outros que da própria consciência...
7) Eu sorrio mesmo quando estou triste! Ninguém leva meu desespero a sério! Flávia e eu sabemos o quanto gastei de forma irresponsável nos últimos meses.
8) Tenho sido tão invisível... intocável... imprevisível... frio: moralista. Quem culpar?!
9) Amor-próprio é egoísmo?! Vaidade?! Sempre achei que não...
10) Emoções desvairadas. Curiosidade. Súplicas. Um segundo momento. E eu: sem entender porra nenhuma!
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P.s: Images from GettyImages.com
2) Odeio quando meus amigos me chamam de ingênuo. Pior, um que me conhece há pouco chamou-me cínico. Doeu.
3) Pensamentos estranhos fazem carnaval na minha mente. Sinto-me esquisito. Aliviado: necessidade enorme possuo de confiar nas pessoas, mas não sabe elas que sou um poço de desconfiaça. Até um dia desses, perguntei se tenho realmente amigos? Depois, pensei: Acaso alguma vez fui integralmente amigo deles?!! Será que fui honesto esse tempo todo?! E eles?! Sei lá... Tuuudooo compliiicaaaadooo demais!
4) Tenho medo das ficadas de uma noite só, de transas apenas por prazer em detrimento de conteúdo, de namorar, de me relacionar... Dificil de acreditar, né?! É que só quero um Amor, daqueles que não encontramos nos braços de gente qualquer. O pior: descobri o sentido da frase "para tão longo amor, tão curta a vida" (Camões). Tenho-a repetido quase que mecanicamente.
5) Entretanto, dou selinhos ou beijos em amigas, e não sinto nada além de um fortalecimento da Amizade. Mas, me perguntaram: "E a outra parte?!" E eu sei?! Sei não. É uma pena que as pessoas tenham mais medo dos outros que da própria consciência...
7) Eu sorrio mesmo quando estou triste! Ninguém leva meu desespero a sério! Flávia e eu sabemos o quanto gastei de forma irresponsável nos últimos meses.
8) Tenho sido tão invisível... intocável... imprevisível... frio: moralista. Quem culpar?!
9) Amor-próprio é egoísmo?! Vaidade?! Sempre achei que não...
10) Emoções desvairadas. Curiosidade. Súplicas. Um segundo momento. E eu: sem entender porra nenhuma!
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P.s: Images from GettyImages.com
Por você, faria isso você mil vezes!*
Lembrei que assisti a uma palestra concedida pelo elenco da minissérie "A Pedra do Reino" sobre a mesma em João Pessoa, em meados do ano passado. Todo público lá presente, sem exceção alguma, exarava ser a adaptação da obra de Suassuna um fracasso no quesito audiência. A mídia, ou melhor, a crítica que se diz especializada contribuiu exageradamente para que essa idéia se proliferasse.
Durante muito tempo, mais ouvindo que falando, o diretor Fernando Carvalho calou os comentários idiotas afirmando ser "A Pedra" um fenômeno. O mais irônico é que ainda foi aplaudido, sinal de que uma elite intelectual não só da Paraíba, mas de Recife e do Rio Grande do Norte pelo menos soube reconhecer o quanto ridícula fora, desperdiçando saliva e desejando muito mais aparecer em detrimento de discorrer críticas contundentes. Sequer sabendo o que falava, é bom frisar, o que apenas refletia a lógica da aceleração tão cruel, mas tão cruel, por que passa o mundo. Jornalistas era, conforme entendimento meu naquelas horas, tão somente mais uma vítima dos meios de comunicação, ferramenta que lhe viabiliza o trabalho. Uma metalinguagem e tanto!
E a respeito do renomado diretor? Para ele, o sucesso da série de 5 capítulos simplesmente residiu no fato de o cinema estar bastante elitizado, encurralado nos "shoppings". Acho que nenhum crítico atentou pra isso, dada a seguinte conjuntura: está a maioria deles num mundo irreal proporcionado pelo dinheiro. Este que os possibilita enxergar e versar sobre o que provavelmente lhe interessa como, por exemplo, comentário do tipo "uma produção tão cara, grandiosa, e ínfima audiência: que desperdício! outra não vale a pena". Ironicamente, os filhos de críticos, numa comparação pertinente, tem dinheiro para pagar entrada e ainda comer pipoca. E os demais, principalmente os que moram longe do centro, onde geralmente os grandes redutos de compra se encontram, nem dinheiro de passagem possuem. A Pedra do Reino poderia ser viabilizada numa sala escura, gelada e em tela gigante, todavia optou o diretor por outro viés.
Pois bem, em que lugar almejo chegar com isso tudo? Simples: "O Caçador de Pipas", já o li duas vezes, tentando entender porque uma história cheia de clichês alcançou o patamar “best-seller”. Estou até começando a desconfiar daquilo que a mídia, de uma maneira ou outra, faz-nos aceitar e/ou de que as pessoas, por nítida influência daquela, gostam. Numa raciocínio singelo, duas premissas são plausíveis: 1) A propaganda vende; 2) Nós, pobres culturalmente, compramos tudo que nos é oferecido só para está na moda. Ou seja, nos dias que seguem, uma ausência de memória cultural se faz durante muito presente em função da efemeridade dos fatos, dos costumes. Em suma, o que hoje é, em breve, não é e tudo ao mesmo tempo não fixamos! Consequentemente, acumulamos e esbanjamos, muito ainda valores hedonistas de felicidade e liberdade sejam mascarados por uma ideologia que mais está para possessividade e provocação de batalhas inter-subjetivas. Portanto, inicialmente, somos originais, depois meras cópias, produtos imprescindíveis a manutenção do ciclo.
Em situação não muito diferente está o filme, que acabei de assistir e também não apreciei muito. Eu esperava que, pelo fato de achar que a estória não fosse lá os exageros que dela falam, o filme pudesse ser, no mínimo, caprichado. Claro, livro e filme de nome semelhante são mídias complementares, cada qual com seus méritos, porém distintas. No filme, por exemplo, todas as atuações carecem de entrega emocional a ponto de eu achar quase tudo que se passa naquele Afeganistão invadido por Russos na segunda metade do século XX inverídico. Tal impressão não me ocorreu no ato da leitura, em função de um melhor trato na descrição psicológica das personagens. Possivelmente, já quem não leu... Além de tratar a complexidade das relações humanas numa cidade fundamentada em fanatismo religioso e marcada fortemente pela misoginia e bastantes discriminações étnicas durante fortes reminiscências do pós Segunda Guerra, possivelmente a escolha por protagonistas com personalidades distintas e nada convencionais para os padrões atuais de narrações que misturam ficção e realidade é o ponto forte das duas ferramentas de entretenimento: um riquinho covarde (Amir, afegão puro, que descobre, ao mudar para os Estados Unidos, ser tão pouco tudo que tinha) e outro valente pobre, porém submisso ao mais nobre dos sentimentos - a amizade (Hassan, origem hazara, e de feições quase femininas; ele e o pai são empregados da família do primeiro).
A moral, dentre tantas, de "O caçador de Pipas" é que todos temos o direito de recomeçar, mesmo que antes tenhamos magoado quem tanto nos devotou amor e sentimentos bons alhures. Ah, e levando em consideração que o povo pode argumentar "nem só de Machado de Assis vive o homem", ou "existem grandes lições nas coisas insignificantes", meio vagos tais fundamentos para justificar êxitos literários de Khaled Hosseini, tanto quanto a direção de Mark Foster.
Abraço!
Parabéns ao FREVO, que faz 100 anos hoje!
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P.s: A frase mais comovente do filme, em ambos os instantes citados.
Durante muito tempo, mais ouvindo que falando, o diretor Fernando Carvalho calou os comentários idiotas afirmando ser "A Pedra" um fenômeno. O mais irônico é que ainda foi aplaudido, sinal de que uma elite intelectual não só da Paraíba, mas de Recife e do Rio Grande do Norte pelo menos soube reconhecer o quanto ridícula fora, desperdiçando saliva e desejando muito mais aparecer em detrimento de discorrer críticas contundentes. Sequer sabendo o que falava, é bom frisar, o que apenas refletia a lógica da aceleração tão cruel, mas tão cruel, por que passa o mundo. Jornalistas era, conforme entendimento meu naquelas horas, tão somente mais uma vítima dos meios de comunicação, ferramenta que lhe viabiliza o trabalho. Uma metalinguagem e tanto!
E a respeito do renomado diretor? Para ele, o sucesso da série de 5 capítulos simplesmente residiu no fato de o cinema estar bastante elitizado, encurralado nos "shoppings". Acho que nenhum crítico atentou pra isso, dada a seguinte conjuntura: está a maioria deles num mundo irreal proporcionado pelo dinheiro. Este que os possibilita enxergar e versar sobre o que provavelmente lhe interessa como, por exemplo, comentário do tipo "uma produção tão cara, grandiosa, e ínfima audiência: que desperdício! outra não vale a pena". Ironicamente, os filhos de críticos, numa comparação pertinente, tem dinheiro para pagar entrada e ainda comer pipoca. E os demais, principalmente os que moram longe do centro, onde geralmente os grandes redutos de compra se encontram, nem dinheiro de passagem possuem. A Pedra do Reino poderia ser viabilizada numa sala escura, gelada e em tela gigante, todavia optou o diretor por outro viés.
Pois bem, em que lugar almejo chegar com isso tudo? Simples: "O Caçador de Pipas", já o li duas vezes, tentando entender porque uma história cheia de clichês alcançou o patamar “best-seller”. Estou até começando a desconfiar daquilo que a mídia, de uma maneira ou outra, faz-nos aceitar e/ou de que as pessoas, por nítida influência daquela, gostam. Numa raciocínio singelo, duas premissas são plausíveis: 1) A propaganda vende; 2) Nós, pobres culturalmente, compramos tudo que nos é oferecido só para está na moda. Ou seja, nos dias que seguem, uma ausência de memória cultural se faz durante muito presente em função da efemeridade dos fatos, dos costumes. Em suma, o que hoje é, em breve, não é e tudo ao mesmo tempo não fixamos! Consequentemente, acumulamos e esbanjamos, muito ainda valores hedonistas de felicidade e liberdade sejam mascarados por uma ideologia que mais está para possessividade e provocação de batalhas inter-subjetivas. Portanto, inicialmente, somos originais, depois meras cópias, produtos imprescindíveis a manutenção do ciclo.
Em situação não muito diferente está o filme, que acabei de assistir e também não apreciei muito. Eu esperava que, pelo fato de achar que a estória não fosse lá os exageros que dela falam, o filme pudesse ser, no mínimo, caprichado. Claro, livro e filme de nome semelhante são mídias complementares, cada qual com seus méritos, porém distintas. No filme, por exemplo, todas as atuações carecem de entrega emocional a ponto de eu achar quase tudo que se passa naquele Afeganistão invadido por Russos na segunda metade do século XX inverídico. Tal impressão não me ocorreu no ato da leitura, em função de um melhor trato na descrição psicológica das personagens. Possivelmente, já quem não leu... Além de tratar a complexidade das relações humanas numa cidade fundamentada em fanatismo religioso e marcada fortemente pela misoginia e bastantes discriminações étnicas durante fortes reminiscências do pós Segunda Guerra, possivelmente a escolha por protagonistas com personalidades distintas e nada convencionais para os padrões atuais de narrações que misturam ficção e realidade é o ponto forte das duas ferramentas de entretenimento: um riquinho covarde (Amir, afegão puro, que descobre, ao mudar para os Estados Unidos, ser tão pouco tudo que tinha) e outro valente pobre, porém submisso ao mais nobre dos sentimentos - a amizade (Hassan, origem hazara, e de feições quase femininas; ele e o pai são empregados da família do primeiro).
A moral, dentre tantas, de "O caçador de Pipas" é que todos temos o direito de recomeçar, mesmo que antes tenhamos magoado quem tanto nos devotou amor e sentimentos bons alhures. Ah, e levando em consideração que o povo pode argumentar "nem só de Machado de Assis vive o homem", ou "existem grandes lições nas coisas insignificantes", meio vagos tais fundamentos para justificar êxitos literários de Khaled Hosseini, tanto quanto a direção de Mark Foster.
Abraço!
Parabéns ao FREVO, que faz 100 anos hoje!
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P.s: A frase mais comovente do filme, em ambos os instantes citados.
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