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“especialmente depois do que aconteceu entre você e claire, alguma vez já desejou ter me escutado e se salvar de um punhado de dor?!”

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escolhas. opções entre coisas, pessoas, procedimentos, situações etc. que se oferecem ou estão disponíveis. ação ou efeito de escolher. seleções, decisões. 

uma rápida olhada ao redor e elas estão em todo lugar. por vezes, são esse dar as caras brutalmente da vida, vindo à tona, invadindo-nos e nos fazendo caminhar pelo mundo às cegas, em curvas, em retas, em círculos, ora para frente, ora para trás, esbarrando em esquinas, tendo de decidir sem tempo necessário a melhor pensar consequências. mas, tem dias que são só escolhas. escolhas fruto de um desejo qualquer inevitável, sem forçação de barra. e é bom, acende uma alegria tipo curumim… 

nem sempre também são uma questão de poder ou não poder. a moral de cada dia fez bem sua parte. escolhas são tomar um risco. pular de um penhasco. saltos para o desconhecido sem nenhuma certeza. e aí se pode passar toda uma vida agarrado nesse medo. ou dá-se um salto para, então, ver o que realmente sucede depois.

um nome que colocamos. uma qualidade ou defeito contra qual lutamos em vão. vícios e virtudes que alimentamos para só passar. um não ir com vontade de ir. um aniversário que comemoramos. e outros tantos que fazemos questão de deslembrar. um x que marcamos no vestibular. uma opinião que calamos na faculdade. a bebida que hesitamos. a bebida que nos faz cair e rir. uma cidade para morarmos. muitos amigos a imaginarmos. amores despedaçados em prol de um ideal pessoal maior. o leite, o sentimento, a bruta, esfera, o fim, o jeito, o medo, o beijo, o vero, o ero, o raro, o falo, o dado, o olho tosco, o rosto, sopro, gosto ruim, o dado, o olho tosco, o rosto, solto ruim…

apostas sempre altas. não há o que duvidar ou temer. e até esse sentimento inquietante que se tem diante de perigo ou ameaça não é permitido. nada menos que a perfeição, exige-nos pois mais parece todos os dias serem sempre não menos importantes que o anterior ou últimos em nossas vidas.

são muitos os desatinos, muitos os desarcertos e raros sucessos. tudo o mais conspirando, enfim, para que cheguemos em algum lugar. esse lugar em que me encontro agora. essa esperança que eu e você alimentamos para o amanhã, quem sabe?!

a gente é o que a gente escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso, sem necessariamente ser da sorte a última palavra. afinal, parafraseando Anita, não existem destinos, mas milhares de caminhos diversos e somos livres e ao mesmo tempo escravos para sempre. estranho, né?!

algumas pessoas estão apenas começando. ou recomeçando. outros se vão muito cedo sem a chance de começar, recomeçar ou jogar tudo para o alto e abandonar escolhas alhures ou fazer tudo de novo quando imprescindível fosse. quase nunca tem volta. mas, meu coração bate ainda mais forte. e depois… e depois… e depois…

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“ainda há fogo em mim, queria sempre assim…”

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madrugada. a brisa fria que entra pela narina e a hora em que pareço viver mais. sou só eu sem aquela necessidade toda de falar com alguém, esgueirar-me na aprovação e, assim, disfarçar preconceitos ante comportamento e dizeres sagazes das línguas vorazes venenosas. sou só eu sem vontade de dormir e prolongar esse momento e nenhum desejo de acordar depois. o medo não ensurdece, ao menos, meus ouvidos. e, assim, comungamos sonhos e vontades e depois, ahh, depois ensaiamos eu e a madrugada uma dança. a girar, girar, girar. liberto, libero, integro, descubro. a girar, girar, girar e, só, a pensar ser tudo vida. sou só eu e minha grandeza que grita. ninguém passa. ninguém vê. ninguém escuta. eu saio em festa, sendo esse pouco do nada, invisível, clandestino, profano, pervertido e estupidamente contente. nada mais parecendo importar…

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e eu, de "é", de "sim", de "foi"…

“namorinho de portão, biscoito, café, meu priminho, meu irmão... conheço essa onda, vou saltar da canoa. já vi, já sei que a maré não é boa. é filme censurado e quarteirão. não vai ter outra distração. bom rapaz, direitinho desse jeito não tem mais...”

- tom zé. -

é quase mágico achar que o amor é sem fronteiras, que tem paciência e aceita todas as limitações alheias. foi assim no sonho.

foi assim de achar que se está sempre nas mãos do cara lá de cima, sem atentar que o amor é tão estranha e perigosamente cheio de arroubos.

e agora acordei com aquela hesitação ante uma raiva, pós-sonho, nada danada e descontrolada que se transferiu, então, plena para a vida real. por quê?! pois eis o assalto de crer ser nenhum amor tão grande e suficientemente guardado para se amar pelos tumblr_ljp1o3xY671qh620io1_500_largeos dois. por nós dois. por mim, acabrunhado de tanta solidão: modesto, barato, capaz de cuspir no prato.

e, oh, doce agonia, afinal é só isso: um "viver feliz" por dois anos ou eternidade e nada mais?! e eu, de "é", de "sim", de "foi"?! e se eu não quiser nem isso nem aquilo?!

aí vão dizer que sem amor é tudo sofrimento. mas, de onde vem, para onde vai e onde me leva esse turbilhão de emoções desvairadas, a maioria, que sinto?!

sei lá. meu próximo passo, quiçá, seja gritar junto aos mocinhos e às mocinhas da novela.

abraço!*