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“ainda há fogo em mim, queria sempre assim…”

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madrugada. a brisa fria que entra pela narina e a hora em que pareço viver mais. sou só eu sem aquela necessidade toda de falar com alguém, esgueirar-me na aprovação e, assim, disfarçar preconceitos ante comportamento e dizeres sagazes das línguas vorazes venenosas. sou só eu sem vontade de dormir e prolongar esse momento e nenhum desejo de acordar depois. o medo não ensurdece, ao menos, meus ouvidos. e, assim, comungamos sonhos e vontades e depois, ahh, depois ensaiamos eu e a madrugada uma dança. a girar, girar, girar. liberto, libero, integro, descubro. a girar, girar, girar e, só, a pensar ser tudo vida. sou só eu e minha grandeza que grita. ninguém passa. ninguém vê. ninguém escuta. eu saio em festa, sendo esse pouco do nada, invisível, clandestino, profano, pervertido e estupidamente contente. nada mais parecendo importar…

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