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sobre bancar o pinguim em cima da geladeira...

lembrando aqui de uma situação do ano passado, entre goles e outros de cerveja e uma brincadeirinha boba do tipo verdade e consequência, vez e outra o tema livros dava o tom do papo na farra.
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as pessoas insistiam em Harry Potter. e, mesmo já convencido de que preciso ler isso, ver o que guarda de tão especial, pra poder opinar legal, essa literatura pós-moderna não desperta em mim o mesmo interesse que os antigos alcançam.
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e até assumo de peito aberto todo meu respeito a quem se presta a escrever coisas dos tipo ou a quem gosta de ler a respeito, sabe?! afinal, é um feito e tanto do qual somente uma imaginação superior é capaz.
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e brincadeira vai, brincadeira vem, eis que um colega decidiu pertubar dostoievski lá no túmulo dele. todo seguro, porém, imprimindo um tom descompromissado começou: "pôxa, eu não gosto muito de dostoievski, não. acho ele muito auto-ajuda".
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geralmente converso sobre tudo, minha boca não para e me dou pra todo mundo. mas, depois da escuta, ri pra caramba. pq né?! achei uma puta proeza a pessoa tentar falar de dostoievski com a mesma desenvoltura e facilidade de quem assiste aos filmes de Harry Potter, Senhor dos Anéis e, mais recentemente, os da saga Crepúsculo e afins.

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tenho eu cara de quem sofre?! cara de quem só vê problemas e nunca solução na vida?! porque meus próprios amigos e colegas acharem que leio Dostoievski porque preciso de ajuda só pode haver alguma coisa de errado.
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ou seria intolerância demais trocar de amizade por tanto?!

1 comentários:

Wagner disse...

Eu estou aki tentando entender o que a pessoa leu de Dostoiévski pra chegar a esta afirmação! Porque eu li Crime e Castigo e Irmãos Karamazov, achei muito mais perturbador que auto-ajuda! Sobre coisas atuais, eu acho o Dan Brown talentoso, ainda que não se compare a um Machado de Assis ou um Marcel Proust! Abraços!