poucas semanas depois, estamos dentro e fora. somos desajeitados ou todo mundo o é. vão querer nos ajudar "tudo ok, parceiro, não estará enfiado na merda por muito tempo". porém lembramos que o ar não é tão fresco quanto parece, pesa e dói, por vezes, que já passamos por tanta coisa e que não há lembrança que nos faça deslembrar o lado ruim da vida ou rememorar, na contramão de tudo, o caminho de volta. talvez, uma pausa nos fizesse bem, talvez, uma noite com os amigos, talvez, um drink ou dois, talvez. então, saímos com nossos amigos, rimos, interagimos, as bebidas estão boas. e, como num susto, perguntamo-nos "quem diabos são vocês?! que diabos estão falando?! que diabos há de tão engraçado nisso?!". daí vem a culpa. a culpa de sermos perdedores, fudidos, inúteis, tão para cima e tão para baixo, tão para esquerda e para a direita, tão ambivalentes, enfim, tão presos, tão extremos, tão mil pedaços, tão revés do reverso, tão coração explodindo de cúmulo e percebemos que nada disto é muito em termos de solução. e não temos nenhuma; ou a temos. sermos todo de novo?! (…) vou cobrir nosso colchão como se fosse um firmamento, para quando a dor bater, para quando a luz bater, para desfazer a dor, para desfazer a luz ou refazê-las tudo de novo… é assim que nos amamos, como se fosse pra sempre, religiosmante, como se o pra sempre existisse, desaguando além…
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